Jeans sustentável, pessoas que irritam e produtividade das redes
Leituras recomendadas 5/24
<publicidade>
COMO UM JEANS PODE SER MENOS IMPACTANTE?
Produzir roupa é uma coisa super complexa e que envolve muitos setores (desde a agricultura pra plantar algodão, por exemplo, até a confecção, comercialização) que podem ter impactos ruins no meio ambiente como a gente tá careca de saber. Na minha coluna desse mês pro blog da Renner, falei um pouco sobre como eles conseguiram modernizar a produção do jeans da marca pra que ele seja menos impactante. O que mais gosto é que tô trabalhando com a Renner desde 2018, desde que eles lançaram o Selo Re e, desde então, eles avançaram MUITO em melhorias, o que mostra que de fato é um interesse em mudar os processos – que, como eu disse, são bem complexos.
</publicidade>
CONTEÚDOS FEITOS PRA GERAR RAIVA
Finalmenteeeee a Hannah fez um vídeo pra série que ela tá fazendo no youtube chamada “Influencers Insanity” sobre “rage baiting” que é algo como: conteúdos feitos pra gerar raiva. Tenho recomendado todos os vídeos dessa série porque cada um tem um ponto que acho muito interessante e que discutem o ambiente das redes sociais de uma maneira que acho importante.
Nesse, ela fala sobre conteúdos feitos pra irritarem, gerarem raiva e, com isso, aumentar o engajamento. Como? Você se irrita com alguma coisa meio estúpida, meio absurda, comenta xingando e como muita gente faz isso o vídeo é mostrado pra cada vez mais pessoas. Sucesso!!!
Agora vem cá: esse engajamento é bom pra quem? Pra que? O que de bom tá vindo disso? São discussões pertinentes ou não?
Os exemplos que ela mostra são bem óbvios e, quando a gente disseca eles, chega a ser engraçado perceber como é de propósito que as pessoas montam aquele conteúdo. Queria comentar como essa fórmula é usada por muitas pessoas “de bem” que criam ou citam polêmicas no comecinho dos vídeos/conteúdos justamente com a intenção de gerar uma briga nos comentários. Isso é bom pro engajamento. Agora, me incomoda profundamente usar esse artifício pra temas como a sustentabilidade, porque quando abro certas caixinhas de comentários, não tem UM comentário razoável, só hate. Então volto pra pergunta: quem se beneficia com isso? ¯\_(ツ)_/¯
PRODUTIVIDADE (OU FALTA DE)
Retomei um livro sobre produtividade porque estava tão cansada sem dar conta de tudo por causa dos horários cansativos do meu estágio em saúde pública (faltam 7 meses pra eu virar nutricionista!!!) achando que ia ter alguma paz mental e, bem, de fato tive mas não porque ela deu dicas de como produzir MAIS.
O livro chama “I didn't do the thing today” que traduzindo seria “eu não fiz a coisa hoje” e, ainda que tenha lido só uns 25%, já amo. É um livro pra nos lembrar que é uma maluquice querer criar uma rotina impecável, à prova de falhas e imprevistos, que a gente estique tudo pra cada minuto ser produtivo em questão de trabalho.
Pensei nesse livro e na série de vídeos sobre influencers esses últimos dias porque esse vídeo de uma mulher mostrando uma rotina meio absurda pra cozinhar viralizou no tuiter. Não vou entrar no mérito da onda conservadora que vem popularizando esses vídeos de "tradwife” que já é um horror, mas achei curioso que passei a olhar esses vídeos com muita desconfiança. Claramente tem muita mentira nos horários que ela coloca na tela, a luz muda, parece humanamente impossível. E talvez seja, mas se a gente não olha criticamente, fica achando que a gente não faz porque é preguiçoso ou algo do tipo.
Mas aí acho que cabe esse pensamento da Aline:
Beijos,
Cristal Muniz
PS: espero que todo mundo esteja seguro e bem aí no Rio Grande do Sul!
o ódio gerar tanto engajamento é um sintoma de como a sociedade está doente.
Com relação ao aperfeiçoamento de tempo, eu fiz tanta escolha errada em minha vida, que por mais que eu negue,o meu desespero pra manter cada minuto do meu dia produtivo e não conseguir, me mantém sem fazer nada e me sentindo culpado. Eu vejo essa mapoa, tô indo ali morrer.