Leituras recomendadas #12
Jejum de dopamina, redes sociais y identidade na internet
1. Rolou um mini bafafá outro dia no tuiter (bom, quando e com o quê não rola) por causa dessa matéria d’O Globo sobre uma sugestão do pessoal do Vale do Silício pra maneirar na dopamina. Como se a gente ingerisse rs. A ideia é a seguinte: diminuir ou zerar estímulos hiperestimulantes que geram descargas de dopamina o tempo todo, como comidas com açúcar e – veja bem – redes sociais. Cês sabem que o mecanismo das redes é na descarga de dopamina né? Por isso a gente fica tipo patetas grudados nas telas.
A justificativa é aquela vibe capitalista neoliberal que o povo do Vale ama: fazer isso pra aumentar sua produtividade. O ranço que tenho, jesus. Mas enfim, eu acho que foi o meu amigo Yusa que me deixou atenta que essa estratégia pode ser interessante, na verdade, mas por outros motivos:
Achei interessante que a endócrino da matéria fala assim:
“À medida que diminuímos as fontes de prazer, conseguimos ter um melhor funcionamento do córtex pré-frontal, área que ajuda na performance cognitiva, na elaboração e planejamento e ideias”
Fiquei pensando nos dias que simplesmente não consigo PENSAR porque fiquei 2h vendo Tiktok e saí completamente absurdada ensimesmada etc (amo essas palavras).
Também achei legal o que um dos médicos falou sobre o termo “jejum de dopamina” (alá o povo do vale do silício dando nome pra vender produto depois):
“O jejum não é desse neurotransmissor, mas sim de atividades hiperestimulantes que fazem com que o corpo sinta uma descarga exagerada de hormônios do prazer. Não existe a possibilidade de você conseguir se privar do neurotransmissor. O que pode existir é tentar equilibrar a sensibilidade à dopamina ficando longe desses hábitos”
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