As vezes acho que somos a mesma pessoa? Kkk socorro. Eu peguei todas as referências, o vídeo das Olsen..
Andy Warhol é minha inspiração (sou ilustradora). Eu amo como a arte é uma coisa de resistência, é um lugar que nada contra o capitalismo desenfreado. Como eu ofendo alguém que acha que preciso monetizar todas as artes que produzo dizendo “não, obrigada” (e como tem dias em que acho que ser uma máquina seria até melhor).
Tambem adoro ver pessoas fazendo coisas inúteis (no meu caso, ver aqueles vídeos de pessoas fazendo micro hamburgueres em uma micro cozinha de brinquedo, onde a chama do fogão é uma vela (!!!!).
Enfim, apesar de estar divagando aqui nos comentários queria dizer que ler esse texto me fez muito bem, me deu um respiro em uma quinta feira que tô quase me afogando. Obrigada. E vou lá rolar meu feed do pinterest porque não sou de ferro :)
Mari, o efeito de “respiro” se deu aqui também. Tentar ocupar cada brecha de tempo de uma forma programada, utilitarista, pragmática me traz sensações de vazio, falta de pertencimento, de sentido. Acho que grande parte dos nossos sintomas são com relação a essa contemporaneidade… a racionalidade neoliberal a qual estamos vivendo traz a sensação constante de olhar a vida como uma empresa a ser gerida. A sensação posterior de culpa, fracasso caso não o fazemos…
Resistir a essa lógica acho que se dá nisso, de olhar para a inutilidade de outra forma, de ver as brechas como respiros e não como angústia de algo que não estamos cumprindo…
Ah, foi bom escrever aqui. Obrigada pelas referências.
Adorei as indicações de livros e já baixei alguns. Coincidentemente, estou fazendo Nutrição agora, depois de mestrado, etc, e sem a menor noção de como vai ser exercer a profissão e SE vou exercer.
Quando as pessoas próximas me perguntaram, a resposta inequívoca do porquê fazer, era "por que eu quero". Senti um desejo tão grande e me sinto tão bem, que não importa o que vai ser desse diploma ao final, nem quanto tempo leva pro final - ainda que, em 2017, eu já tivesse começado o curso e trancado, pensando que ia levar tempo demais.
este seu texto me fez refletir aqui dos muitos cursos que fiz. a maioria não ganhei nenhum (ou quase nada) de dinheiro com eles. mas me diverti e aprendi. que são duas coisas que me dão muito prazer na vida.
Me vejo muito contemplada na situação do segundo curso! Inclusive porque eu ainda fui pra uma área similar (fiz Design de Moda e, depois, Design Gráfico), e fiz uma graduação seguida da outra, então ouvi muito esse conselho do "mas é só fazer uma pós, que é mais rápido", mas eu queria viver O CURSO, ter a formação base. Eu vivi na primeira graduação esse "despertar" que a gente às vezes entra sem saber tudo que uma área pode nos oferecer, e a ideia de pós me parecia limitante, não libertadora. Dito e feito: foi fazendo uma segunda graduação que eu me encontrei no Design, entendi o que eu gostava e o que eu não gostava e até pude notar que eu queria era continuar estudando - e daí veio a escolha por carreira acadêmica. Fiz o caminho mais longo e trabalhoso porque quis (e podia!) e, apesar de vir com algumas angústias e dificuldades, fico feliz de ter criado minha base na área que eu queria ao invés de só fazer um remendo mais apressado.
As vezes acho que somos a mesma pessoa? Kkk socorro. Eu peguei todas as referências, o vídeo das Olsen..
Andy Warhol é minha inspiração (sou ilustradora). Eu amo como a arte é uma coisa de resistência, é um lugar que nada contra o capitalismo desenfreado. Como eu ofendo alguém que acha que preciso monetizar todas as artes que produzo dizendo “não, obrigada” (e como tem dias em que acho que ser uma máquina seria até melhor).
Tambem adoro ver pessoas fazendo coisas inúteis (no meu caso, ver aqueles vídeos de pessoas fazendo micro hamburgueres em uma micro cozinha de brinquedo, onde a chama do fogão é uma vela (!!!!).
Enfim, apesar de estar divagando aqui nos comentários queria dizer que ler esse texto me fez muito bem, me deu um respiro em uma quinta feira que tô quase me afogando. Obrigada. E vou lá rolar meu feed do pinterest porque não sou de ferro :)
Mari, o efeito de “respiro” se deu aqui também. Tentar ocupar cada brecha de tempo de uma forma programada, utilitarista, pragmática me traz sensações de vazio, falta de pertencimento, de sentido. Acho que grande parte dos nossos sintomas são com relação a essa contemporaneidade… a racionalidade neoliberal a qual estamos vivendo traz a sensação constante de olhar a vida como uma empresa a ser gerida. A sensação posterior de culpa, fracasso caso não o fazemos…
Resistir a essa lógica acho que se dá nisso, de olhar para a inutilidade de outra forma, de ver as brechas como respiros e não como angústia de algo que não estamos cumprindo…
Ah, foi bom escrever aqui. Obrigada pelas referências.
Adorei as indicações de livros e já baixei alguns. Coincidentemente, estou fazendo Nutrição agora, depois de mestrado, etc, e sem a menor noção de como vai ser exercer a profissão e SE vou exercer.
Quando as pessoas próximas me perguntaram, a resposta inequívoca do porquê fazer, era "por que eu quero". Senti um desejo tão grande e me sinto tão bem, que não importa o que vai ser desse diploma ao final, nem quanto tempo leva pro final - ainda que, em 2017, eu já tivesse começado o curso e trancado, pensando que ia levar tempo demais.
E o tempo passou do mesmo jeito!
Eu amei cada frase e referência.
este seu texto me fez refletir aqui dos muitos cursos que fiz. a maioria não ganhei nenhum (ou quase nada) de dinheiro com eles. mas me diverti e aprendi. que são duas coisas que me dão muito prazer na vida.
Nossa, amei com força! Cansada da "glamourização" da produtividade, até no lazer tem que produzir...credo rs
Me vejo muito contemplada na situação do segundo curso! Inclusive porque eu ainda fui pra uma área similar (fiz Design de Moda e, depois, Design Gráfico), e fiz uma graduação seguida da outra, então ouvi muito esse conselho do "mas é só fazer uma pós, que é mais rápido", mas eu queria viver O CURSO, ter a formação base. Eu vivi na primeira graduação esse "despertar" que a gente às vezes entra sem saber tudo que uma área pode nos oferecer, e a ideia de pós me parecia limitante, não libertadora. Dito e feito: foi fazendo uma segunda graduação que eu me encontrei no Design, entendi o que eu gostava e o que eu não gostava e até pude notar que eu queria era continuar estudando - e daí veio a escolha por carreira acadêmica. Fiz o caminho mais longo e trabalhoso porque quis (e podia!) e, apesar de vir com algumas angústias e dificuldades, fico feliz de ter criado minha base na área que eu queria ao invés de só fazer um remendo mais apressado.