Cristal, eu amei tanto esse texto! sabe aqui no Canadá a cultura do 'spring cleaning' é muuuuuito forte. tão forte que entre março e abril a prefeitura de Montral faz, literalmente, uma força tarefa pra limpar a cidade depois que toda a neve derrete (junta muito lixo na neve, acredite). e eu fiquei pensando como, experienciando mais a troca das estações, essa vontade de limpar e organizar e destralhar acaba virando um ciclo de recomeços e reavaliações de vida. meio que se permitir florescer junto com a primeira, tirando o que acumulou do inverno, alongando os músculos, vendo o que mudou (em si e no espaço) nos últimos seis meses de escuridão (literal, no caso - anoitece 4h da tarde????). a gente evita olhar e mexer e destralhar e jogar coisa fora, mas no fim, a sensação é sempre melhor e mais leve do que no começo, né?
Oi, cristal! Gostei muito do final em que você não contribui para criar uma fantasia de progressão na arrumação, você valoriza o movimento de encher-se e esvaziar-se, como uma maré. Claro, conforme vamos exercitando os espaços vazios, o vento, a água corrente, como você diz, as chances são de você ir melhorando a longo prazo, aprendendo com as despedidas das coisas. Obrigada pela escrita. Beijos
Me senti representada. To numa fase muito de ~organização~ e obviamente de ~caos~ tambem! Pq não tem como organizar uma gaveta sem tirar tudo e olhar cada mini coisa... ou um armário sem tirar as coisas de dentro e catalogar-organizar. Quando temos menos espaço acho que é mais facil perceber o caos e o excesso de coisas, e é aí que eu me encontro :˜ But, contudo porem entretanto. Vejo também que o caos, a limpeza e a organização estão muito ligados com o nosso eu de dentro e eis que trabalhar com toda essa organizaçao&caos tambem nos ajuda a curar, cicatrizar, limpar, deixar pra la... ou guardar >:D
finalmente um texto que me representa, hahaha. O problema de guardar é quando você tem espaço e o acúmulo demora pra atrapalhar. E outro problema é quando você é artista plástico (tipo eu) e há anos faz trabalhos...com lixo. O lixo e a reciclagem sempre foi um tema nas coisas que eu faço. Mas também entrei nessa fase. Desde o ano passado tô jogando coisas fora, desapegando e liberando o chão pra ficar mais fácil de limpar :)
Puts, sim, guardar coisas pra usar depois quando você SABE que vai usar porque faz parte do teu suporte artístico é bem difícil. Eu tenho muita coisa de algumas categorias diversas tipo costura, bordado, fotografia... ufa. Mas seguimos investigando e nos desfazendo.
Estou num processo parecido aqui e me deparei com meu material de bordado. Fios, bastidores, agulhas, tecidos. E eu não sei o que fazer. Aí eu olhei o preço e pensei “se eu precisar, compro de novo”, mas ao mesmo tempo, a sensação de que eu vou mandar embora para quem não vai usar. E o desperdício?
Tenho nada pra acrescentar, mas só queria te dizer que eu te vejo e me vejo também.
Cristal, eu amei tanto esse texto! sabe aqui no Canadá a cultura do 'spring cleaning' é muuuuuito forte. tão forte que entre março e abril a prefeitura de Montral faz, literalmente, uma força tarefa pra limpar a cidade depois que toda a neve derrete (junta muito lixo na neve, acredite). e eu fiquei pensando como, experienciando mais a troca das estações, essa vontade de limpar e organizar e destralhar acaba virando um ciclo de recomeços e reavaliações de vida. meio que se permitir florescer junto com a primeira, tirando o que acumulou do inverno, alongando os músculos, vendo o que mudou (em si e no espaço) nos últimos seis meses de escuridão (literal, no caso - anoitece 4h da tarde????). a gente evita olhar e mexer e destralhar e jogar coisa fora, mas no fim, a sensação é sempre melhor e mais leve do que no começo, né?
Essa poda toda é foda.
Oi, cristal! Gostei muito do final em que você não contribui para criar uma fantasia de progressão na arrumação, você valoriza o movimento de encher-se e esvaziar-se, como uma maré. Claro, conforme vamos exercitando os espaços vazios, o vento, a água corrente, como você diz, as chances são de você ir melhorando a longo prazo, aprendendo com as despedidas das coisas. Obrigada pela escrita. Beijos
Amei essa metáfora da maré, Renata! <3
Ai que lindeza de material!
Me senti representada. To numa fase muito de ~organização~ e obviamente de ~caos~ tambem! Pq não tem como organizar uma gaveta sem tirar tudo e olhar cada mini coisa... ou um armário sem tirar as coisas de dentro e catalogar-organizar. Quando temos menos espaço acho que é mais facil perceber o caos e o excesso de coisas, e é aí que eu me encontro :˜ But, contudo porem entretanto. Vejo também que o caos, a limpeza e a organização estão muito ligados com o nosso eu de dentro e eis que trabalhar com toda essa organizaçao&caos tambem nos ajuda a curar, cicatrizar, limpar, deixar pra la... ou guardar >:D
Sim pra tudo!!
finalmente um texto que me representa, hahaha. O problema de guardar é quando você tem espaço e o acúmulo demora pra atrapalhar. E outro problema é quando você é artista plástico (tipo eu) e há anos faz trabalhos...com lixo. O lixo e a reciclagem sempre foi um tema nas coisas que eu faço. Mas também entrei nessa fase. Desde o ano passado tô jogando coisas fora, desapegando e liberando o chão pra ficar mais fácil de limpar :)
Puts, sim, guardar coisas pra usar depois quando você SABE que vai usar porque faz parte do teu suporte artístico é bem difícil. Eu tenho muita coisa de algumas categorias diversas tipo costura, bordado, fotografia... ufa. Mas seguimos investigando e nos desfazendo.
Estou num processo parecido aqui e me deparei com meu material de bordado. Fios, bastidores, agulhas, tecidos. E eu não sei o que fazer. Aí eu olhei o preço e pensei “se eu precisar, compro de novo”, mas ao mesmo tempo, a sensação de que eu vou mandar embora para quem não vai usar. E o desperdício?
Tenho nada pra acrescentar, mas só queria te dizer que eu te vejo e me vejo também.