Concordo muito com a ideia de se apegar, de significar algumas coisas. Me dá aflição a imposição do desapego como se eu morasse em uma casa descartável e sem memória. O quanto o desapego pode ser capitalista, levando a substituir tudo o que tem de tempos em tempos.
Acho que o problema (nesse tema e outros tantos) é que as pessoas andam muito radicais e literais - tudo ou nada, ou desapega de tudo e mora num vazio ou acumula cinzeiros antigos num mausoléu, apegado a coisas que nem se vê no meio da bagunça.
Sou bem Marie Kondo, e o critério de trazer alegria passou a ser super importante pra mim. Beijos e obrigada por essa reflexão!
Você viu que eu evitei falar mal do capitalismo né? Mas é muito isso: ele quer que a gente substitua tudo o tempo todo, tudo anda virando descartável (inclusive pessoas, relações, democracia). Quanto mais velha eu fico (risos) mais eu acho que o lance é procurar o caminho do meio da maioria das coisas mesmo.
Confesso que assino várias achando que o assunto me interessa e acaba que perco o interesse ou não presto a atenção que deveria, mas quando chega o cuca fresca eu sempre reservo um tempo para ler porque sempre tem temas tão pertinentes e com uma abordagem tão tranquila! Gosto como tu traz as reflexões sem trazer tbm a culpa que geralmente acompanha.
Então, como uma alma curiosa eu sempre olho para um objeto de desejo e penso: Será que eu consigo fazer? Ou tento traduzir aquele desejo para a minha realidade com os meios possíveis e isso - o ato de muitas vezes tentar criar e falhar - me criou todo um senso de valorização da obra humana. E um pouco de conflito: porque eu consigo estimar quanto tempo da vida de alguém aquilo levou (ou deveria ter levado) para ser produzido, quanto de material foi gasto e uma estimativa de valores e a conta nunca fecha, tanto no quanto deveria custar quanto no que eu posso pagar.
Acredito muito que o apego (apego, veja bem, não dependência) as coisas é um hábito que poderia revolucionar o ciclo de vida dos objetos, isso e a calma. Calma para saber que as coisas não precisam entrar na nossa vida para ontem, que a gente sobreviveu até ontem sem aquilo tbm podemos sobreviver até ele se materializar. E amor, porque quem ama cuida.
Biaaaaa, que comentário MARAVILHOSO! <3 Muito obrigada! Eu concordo contigo em gênero, número e grau! Fazer as coisas é muito poderoso nesse sentido de valorização das coisas né?
Ameeeeei essa news!
Concordo muito com a ideia de se apegar, de significar algumas coisas. Me dá aflição a imposição do desapego como se eu morasse em uma casa descartável e sem memória. O quanto o desapego pode ser capitalista, levando a substituir tudo o que tem de tempos em tempos.
Acho que o problema (nesse tema e outros tantos) é que as pessoas andam muito radicais e literais - tudo ou nada, ou desapega de tudo e mora num vazio ou acumula cinzeiros antigos num mausoléu, apegado a coisas que nem se vê no meio da bagunça.
Sou bem Marie Kondo, e o critério de trazer alegria passou a ser super importante pra mim. Beijos e obrigada por essa reflexão!
Ahhh obrigada, Lucianaaaa musaaa <3
Você viu que eu evitei falar mal do capitalismo né? Mas é muito isso: ele quer que a gente substitua tudo o tempo todo, tudo anda virando descartável (inclusive pessoas, relações, democracia). Quanto mais velha eu fico (risos) mais eu acho que o lance é procurar o caminho do meio da maioria das coisas mesmo.
Que newsletter! ♥
Confesso que assino várias achando que o assunto me interessa e acaba que perco o interesse ou não presto a atenção que deveria, mas quando chega o cuca fresca eu sempre reservo um tempo para ler porque sempre tem temas tão pertinentes e com uma abordagem tão tranquila! Gosto como tu traz as reflexões sem trazer tbm a culpa que geralmente acompanha.
Então, como uma alma curiosa eu sempre olho para um objeto de desejo e penso: Será que eu consigo fazer? Ou tento traduzir aquele desejo para a minha realidade com os meios possíveis e isso - o ato de muitas vezes tentar criar e falhar - me criou todo um senso de valorização da obra humana. E um pouco de conflito: porque eu consigo estimar quanto tempo da vida de alguém aquilo levou (ou deveria ter levado) para ser produzido, quanto de material foi gasto e uma estimativa de valores e a conta nunca fecha, tanto no quanto deveria custar quanto no que eu posso pagar.
Acredito muito que o apego (apego, veja bem, não dependência) as coisas é um hábito que poderia revolucionar o ciclo de vida dos objetos, isso e a calma. Calma para saber que as coisas não precisam entrar na nossa vida para ontem, que a gente sobreviveu até ontem sem aquilo tbm podemos sobreviver até ele se materializar. E amor, porque quem ama cuida.
Biaaaaa, que comentário MARAVILHOSO! <3 Muito obrigada! Eu concordo contigo em gênero, número e grau! Fazer as coisas é muito poderoso nesse sentido de valorização das coisas né?
Foda é a morena que descartou meu coração... =(
hahahahaha besta!